Quer conhecer um pouco da cidade? Passe um domingo na feira-livre! A feira livre de Juiz de fora que acontece todos os domingos nos últimos 42 anos foi matéria a ser pesquisada “in loco” e trabalhada pela ação educativa da mostra Palavra: dos Homens, das coisas, das plantas e dos animais. A feira como resgate da identidade e história da cidade e seus habitantes: “Ir à feira, mais que comprar, é um mergulho em histórias, pois elas são formas de expressão do patrimônio cultural de uma localidade. São espaços fantásticos com muitas possibilidades de diversos grupos se manifestarem, são um local do encontro da pluralidade...”.
O sociólogo e professor do Departamento de Turismo da UFJF Euler Siqueira acredita que a feira é como um jogo, aberta à criatividade e em que sempre é possível uma jogada diferente, num campo onde a realidade social é negociada. “Todo consumo de objetos sem utilidade aponta para outras lógicas simbólicas, que não a utilitária e a instrumental”, salienta. Por isso, o sociólogo indica que a feira vai além da racionalidade econômica, ao ser um lugar de trocas de sentidos e significados para os bens. Certas bugigangas podem, então, ser adquiridas pelo baixo preço, pela vontade de colecionar certo gênero de produtos ou pelo prazer de comprar e negociar, por exemplo. Informações retiradas do site estudo antropológico.